O diálogo cultural africano, travado na obra Kirikou e a Feiticeira, de Michel Ocelot, pode ser interpretado numa dimensão mais ampla, no tempo e no espaço, estendendo-se até nossos dias e a todos os continentes. Nas personagens principais, podemos observar as conseqüências dos atos masculinos incutidos nas mulheres. Temos duas visões divergentes (da mãe de Kirikou e da feiticeira Karabá) que, porém, apontam para o mesmo objetivo: a afirmação feminina enquanto indivíduo livre e independente.
Esta reflexão continua acesso aqui .Considerando a visão de Michelle Perrot, em sua obra “Les femmes et les silences de l’Histoire”, observamos que a História das mulheres foi sempre contada sob o ponto de vista do homem. O que se tem de menos influenciada é a oralidade privada, domínio em que as mulheres sempre puderam interferir e o fizeram de maneira marcante junto aos filhos e às crianças em geral. “A memória das mulheres é verbo. Ela está ligada à oralidade das sociedades tradicionais que lhes confiavam a missão de narradoras da comunidade do vilarejo.” (PERROT, 1998, p. 17).
Já postei sobre este filme no ano passado: aqui . Mas resolvi coloca-lo novamente para ser usado como tema , em aula para as crianças que estão acompanhando a Copa.
Assista uma parte do filme traduzido http://www.youtube.com/watch?v=gxUiV9-R26k
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada por deixar seus comentários .Eles são sempre bem vindos!