17 de set. de 2009

A Melhor Idade para a Publicidade Fazer a Cabeça

Minha grande preocupação são as crianças sem dúvida. Encontrei o blog do Gerson e gostei muito de seu trabalho e livro alertando do mal que os país estão fazendo aos seus filhos pequenos deixando que filmes e jogos entulhem seu inconsciente de violência e malícia roubando-lhe a inocência , a paz e a alegria antes dos seis anos.

Leia este artigo do psicólogo Gerson Abarca e reflita. Nas escolas nós professores estamos recebendo a cada dia , um número maior de crianças sem " infância " dentro de si ....e não podemos fazer muita coisa ....

De todas as idades, a faixa etária que está mais suscetível de ser influenciada pela publicidade, sem que haja um sensor ou uma capacidade intelectual de filtragem do que se vê ou se ouve, é a idade dos 2 meses aos 2 anos.

Nesta idade, tudo que é apresentado à criança, ela absorve como uma esponja. Este mecanismo mental, que pré-dispõe os bebês a serem contaminados livremente por mensagens externas, já foi muito bem pesquisado pelos publicitários. Pesquisas apontam para necessidades de consumo de crianças e adolescentes que foram introduzidos com mensagens subliminares nas mentes delas quando ainda tinham de 2 meses a 2 anos.

Se formos pensar o por que disto, podemos encontrar a resposta em Winnicott, psicanalista Inglês que conceituou para esta idade o termo “objeto transicional”, que representa o objeto que estabelece a transição entre ele (bebê) e a mãe, tendo como primeiro objeto de transição desta idade que tende a se superar, o bico dos seios da mãe. Observamos que os bebês tendem a brincar com o bico dos seios da mãe. E depois, quando vai adquirindo autonomias, a criança começa a se vincular com o mundo e para isto nomeia objetos externos à sua mãe, como a fraudinha, ursinhos, etc.

Assim, podemos dizer que um dos objetos que entra na intermediação do vínculo afetivo entre a mãe e o bebê é a publicidade que vem nas formas visuais e auditivas. Os publicitários, conhecedores deste mecanismo que é eminentemente afetivo, tratam de elaborarem veiculação de idéias e produtos para que seja fixado na mente do recém nascido, tendo em vista a ser desencadeado em tempos futuros.

As vezes, a publicidade em si não é penetrada, mas junto da publicidade temos a programação, os conteúdos. Nestes sim, a publicidade penetra, construindo mecanismos de frustração e ansiedade no processo de superação de mãe e bebê, levando ao aumento do vazio afetivo no futuro e conseqüente campo aberto, ou melhor: buraco profundo afetivo para que a publicidade penetre com a ilusão de que conseguirá por determinados produtos suprir o vazio construído.

*Psicólogo – Psicoterapeuta – Autor do livro: “O Poder da TV no Mundo da Criança e do Adolescente”, Ed. PaulusSP.

A partir desta breve reflexão, como você imagina que os pais devem cuidar para que seus bebês não sejam vítimas desta cruel artimanha da publicidade?

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Outro artigo que indico : As tramas da Publicidade

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